Madona da Tristeza
Quando te escuto e te olho reverente
E sinto a tua graça triste e bela
De ave medrosa, tímida, singela,
Fico a cismar enternecidamente.
Tua voz, teu olhar, teu ar dolente
Toda a delicadeza ideal revela
E de sonhos e lágrimas estrela
O meu ser comovido e penitente.
Com que mágoa te adoro e te contemplo,
Ó da Piedade soberano exemplo,
Flor divina e secreta da Beleza.
Os meus soluços enchem os espaços
Quando te aperto nos estreitos braços,
solitária madona da Tristeza!
Últimos Sonetos, de Cruz e Sousa (1862 - 1898).
Bonita esta peça, em que material é?
ResponderExcluirOlá Adlei, é de resina cristal com pó de mármore. Que bom que gostou da peça. É uma das que mais gosto. Obrigado.
Excluir